A ideologia da competência
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SOBRE O LIVRO
FICHA TÉCNICA
Nos ensaios aqui reunidos, Marilena Chaui interroga a gênese e o sentido da ideologia da competência desde o momento da regulação fordista ao momento neoliberal, concentrando-se na análise de duas instituições: a universidade e a indústria cultural.
Na medida em que é adaptada pela estrutura autoritária e hierarquizada da sociedade brasileira, a ideologia da competência, tornando-se princípio de organização das universidades, não só justifica a estrutura social vigente, como também contribui para reproduzi-la sem transformações de base. Chaui desmascara o discurso modernizador dos neoliberais ao mostrar que, longe de promover a democratização da sociedade brasileira, não estavam senão acentuando sob vestes moderninhas a dominação tecnocrática autoritária que se iniciara com a "modernização conservadora" da ditadura.
Na análise da indústria cultural, Chaui mostra como a programação televisiva forma sujeitos narcisistas que não conseguem exercer uma cidadania democrática e construir um espaço público de debates e ações políticas por estarem condicionados a avaliar tudo o que é público segundo os critérios da vida privada das classes senhoriais. Os sujeitos-consumidores, absortos no narcisismo ou na depressão, confiam aos profissionais competentes o poder de decidir sobre política, cultura, vida profissional, lazer, etc. Em outras palavras, sob a imagem da "sociedade de conhecimento", a indústria cultural contemporânea instaura um processo de controle de internautas e telespectadores que lutam por sua servidão como se lutassem por sua liberdade.
Pela leitura dos ensaios, percebe-se de que maneira a tecnociência mais avançada e a cultura de massas mais estúpida têm uma lógica comum que lhes é dada não apenas pelos interesses da classe dominante, mas também pelo processo de fragmentação social que é próprio das décadas de "acumulação flexível".
Na medida em que é adaptada pela estrutura autoritária e hierarquizada da sociedade brasileira, a ideologia da competência, tornando-se princípio de organização das universidades, não só justifica a estrutura social vigente, como também contribui para reproduzi-la sem transformações de base. Chaui desmascara o discurso modernizador dos neoliberais ao mostrar que, longe de promover a democratização da sociedade brasileira, não estavam senão acentuando sob vestes moderninhas a dominação tecnocrática autoritária que se iniciara com a "modernização conservadora" da ditadura.
Na análise da indústria cultural, Chaui mostra como a programação televisiva forma sujeitos narcisistas que não conseguem exercer uma cidadania democrática e construir um espaço público de debates e ações políticas por estarem condicionados a avaliar tudo o que é público segundo os critérios da vida privada das classes senhoriais. Os sujeitos-consumidores, absortos no narcisismo ou na depressão, confiam aos profissionais competentes o poder de decidir sobre política, cultura, vida profissional, lazer, etc. Em outras palavras, sob a imagem da "sociedade de conhecimento", a indústria cultural contemporânea instaura um processo de controle de internautas e telespectadores que lutam por sua servidão como se lutassem por sua liberdade.
Pela leitura dos ensaios, percebe-se de que maneira a tecnociência mais avançada e a cultura de massas mais estúpida têm uma lógica comum que lhes é dada não apenas pelos interesses da classe dominante, mas também pelo processo de fragmentação social que é próprio das décadas de "acumulação flexível".
- Autor(es):
- Marilena Chaui
- Dimensões:
- 15,5cm x 22,5cm x 2,4cm
- Páginas:
- 224
- Acabamento:
- brochura
- ISBN:
- 9788582171318
- Código:
- 0000028507
- Código de barras:
- 9788582171318
- Edição:
- 1
- Data de Lançamento:
- 23/05/2014
- Coleção:
- Escritos de Marilena Chaui
- Idioma:
- Português
- Peso:
- 416